quinta-feira, 30 de março de 2017

Trabalhar em casa - uma opção de vida!

Ao longo da nossa vida fazemos muitas escolhas, mas a mais importante delas é a felicidade!  Qual é a sua?!


Desde 1996, quando me formei em Arquitetura, comecei a trabalhar fora e assim foi: casei, tive duas filhas, mudei de cidade, mas nunca deixei de trabalhar fora. Foram 20 anos, até que em 2016 decidi mudar radicalmente de vida.


Trabalhar fora, educar 2 crianças, cuidar da casa, do marido em uma cidade distante da família não foi tarefa fácil. Me sentia em muitas ocasiões culpada em dividir minha atenção entre as crianças e o trabalho, mas até que administrava bem essa minha "culpa".

Eu, como muitas mulheres que trabalham fora, achava que o mais importante não era a quantidade de tempo dedicada aos filhos que importava, mas sim a qualidade do tempo dedicado a elas e nisso me apegava...e ia levando.

Sempre me envolvi muito com o trabalho e tinha muita dificuldade de me desligar dos problemas quando voltava para casa e muitas vezes me sentia exausta para pegar o segundo turno: jantar, crianças, marido...


Mas essa tinha sido a minha escolha de vida. Foi então que, a mais ou menos um ano atrás decidi fazer uma mudança radical em minha vida: deixar a minha profissão e me dedicar mais à minha família e à casa. Decisão esta muito criticada, principalmente pelas mulheres que justamente trabalham fora e não abrem mão da sua independência. Importante fazer um "parênteses" aqui: também acho importante o papel da mulher no mercado de trabalho, apoio, mas também acredito que temos que ser livres para fazermos nossas próprias escolhas. 

Claro que esta atitude só foi possível com todo o apoio familiar e aqui entra meu marido que me ajudou muito nessa processo de mudança. E funciona, porque temos uma relação baseada no companheirismo e sempre valorizamos um ao outro nas decisões que tomamos.

Percebi que tinha feito a escolha certa quando contei minha decisão para as meninas. O sorriso delas foi contagiante e minha filha mais nova disse: "quer dizer que você vai ficar com a gente o dia todo?!"

Eu e a inseparável Bela

Consegui mais tempo para mim mesma, mais paciência com as meninas nas tarefas simples como ajudá-las no dever de casa e nas mais complexas como ajudar minha filha mais velha a lidar com as emoções de uma pré adolescente. A alimentação em casa também melhorou, pois consigo elaborar cardápios mais variados e saudáveis e até fazer um bolinho para o lanche da tarde.

Na rotina do dia a dia que percebi que sobrava tempo para eu desenvolver alguma atividade. Foi então que resgatei o crochê na minha vida. Achei que trabalharia com algum tipo de artesanato quando ficasse velhinha, mas este momento chegou antes que eu imaginasse.



Treinei muito, conheci novas técnicas, me aprimorei, fiz cursos e me vi pronta para iniciar uma nova atividade.

Para isso precisava encaixar na rotina familiar o meu novo ofício. Em um quarto de hóspedes da casa montei meu atelier e nele me inspiro e me concentro na produção das peças.


Meu Atelier


Importante que todos em casa respeitem este momento. Sabendo disso, com horários pré estabelecidos, um ambiente aconchegante e bem organizado, mergulho nas linhas e agulhas para criar peças lindas e encantadoras!!!


Apesar da execução das peças serem feitas por mim, as crianças se envolvem no trabalho dando suas opiniões entre cores e combinações possíveis para que cada peça seja especial. Também são meus maiores críticos quando acreditam que algo não fica bom. Minha mãe que mora a 70Km da minha cidade também se envolve, como é crocheteira de mão cheia, me ajuda na produção das peças, quando se trata do crochê tradicional.


Minha mãe crochetando

Nathália, minha filha mais velha ajudando nos posts

Renata, minha filha mais nova, na produção

Recebendo uma massagem...merecida!


Falando assim parece tudo muito fácil, mas é um trabalho que envolve muita dedicação e amor. Cada peça é feita ponto a ponto, faço e refaço muitas vezes até chegar no resultado final. Os dedos ficam calejados com a agulha, os músculos das mãos doem, mas todo esforço é recompensado quando a peça é entregue e as pessoas se emocionam com o resultado.

Estou muito segura com a opção que fiz. Acredito que minha formação em arquitetura me ajudou muito na execução das peças, seja na proporção, na estética e até na estrutura de cada trabalho.




Com o apoio e o envolvimento de todos aqui de casa e a certeza de que estando mais feliz e tranquila, posso estar mais inteira em cada atividade que me proponho a fazer seja profissional ou familiar!







quinta-feira, 23 de março de 2017

Receita: Ponteira de Lápis Minion

Quem não assistiu  Meu Malvado Favorito e não se encantou com estes seres multicelulares amarelos?!?

Os Minions são um sucesso entre adultos e crianças!

Uma excelente lembrancinha de aniversário são as ponteiras de lápis, práticas, funcionais e muito fofas, fazem a alegria da criançada!



RECEITA por Thaissya Ribeiro

Linhas Utilizadas:
Esterlina 5 nas cores amarelo, azul
e preto
Cléa 1000 na cor Cinza
Agulha: 1,25mm
Olhinhos: 9mm


PONTEIRA:
Cor amarelo
01: 6PB no anel mágico
02: 1AUM X 6 [12]
03: (1PB, 1AUM) X 6 [18]
04: (2PB, 1AUM) X6 [24]
05: 24PB [24]
Troca cor: preto
6-7: 24PB [24]
Troca cor: Amarelo
8-12: 24PB [24]
Encher a ponteira
13: (2PB,1DIM) X6 [18]
14: (1PB, 1DIM) X6 [12]
Troca cor: Azul
15-24: 12PB [12]
Troca cor: preto
25-26: 12PB [12]
Finalizar com um PBX

ÓCULOS:
Cor Cinza:
01: 6PB no anel mágico
02: 1AUM X6 [12]
03: (1PB, 1AUM) X6 [18]
Finalizar com 2 PBX



Costurar o óculos escondendo a emenda das cores (amarelo e preto) colar olhinho e fazer o cabelinho.





















quinta-feira, 16 de março de 2017

Yarn Bombing

Yarn Bombing ou Bombardeio de fios é o nome dado ao movimento urbano de crocheteiras que "revestem" a paisagem urbana  com fios e linhas de maneira lúdica e divertida, sem agredir o meio ambiente.





Tudo começou com Magda Sayeg, norte americana de Houston, Texas, em 2005, quando teve a ideia de cobrir a maçaneta da porta de sua boutique com tricô, chamando atenção do público, além do esperado. Desde então, ela passou a interferir nos espaços urbanos, sejam eles naturais ou não.


Não demorou muito e a ideia de Magda Sayeg se espalhou por outros países como Canadá, Holanda, Grã Bretanha, Suécia, China, entre outros.




Essa espécie de grafite de fios tem como objetivo chamar a atenção para os espaços urbanos nos ajudando a percebê-los, seja para ressaltar sua beleza, seja para apontar seus erros ou defeitos. Pode assim ser visto também como um pedido de ajuda às autoridades em busca de uma sociedade melhor.

Por isso é possível observar intervenções em postes, monumentos, árvores, cercas, muros e até em rachaduras de calçadas, gritando por um pedido de socorro.






O Yarn Bombing é totalmente artesanal. 
Para que aconteça é necessário o envolvimento de muitas pessoas. 
Além disso envolve uma cultura que faz parte da sociedade a tempos, o crochê e o tricô.

Desta forma, por mais que seja uma intervenção perecível, temporária, ela envolve sentimentos, ela aquece!




Um exemplo desse envolvimento do Yarn Bombing foi a execução do Ônibus na Cidade do México.

Foi uma intervenção grandiosa. 
Sob o comando de Magda Sayeg, contou com a colaboração de dezenas de voluntários e centenas de novelos, levando uma semana para ser finalizado.










No Brasil já é possível observar o Movimento em algumas cidades como Curitiba e São Paulo, onde crocheteiras preocupadas com um mundo mais humano, transformam os espaços públicos em ambientes divertidos, coloridos, chamando a atenção para o que temos de melhor, que é a convivência em uma sociedade voltada para o coletivo e para a natureza!

Vamos enfeitar nossa cidade!

quinta-feira, 9 de março de 2017

Receita Olho Grego


O olho grego simboliza a sorte, a energia positiva, a limpeza, a saúde, a luz, a paz, a proteção, bem como o olhar divino que protege as pessoas contra os males e a inveja. Excelente objeto decorativo para se ter em casa e atrair sempre boas energias.                              


RECEITA por Thaissya Ribeiro


Receita Olho Grego:
Linha Duna, agulha 3,50mm Tamanho da peça: 11cm aprox  Cores: preto, azul claro, branco e azul escuro.        





CÍRCULO (fazer 2x)

Cor preta:
CAR 1: 6PB no anel mágico
CAR 2: 6AUM [12]
CAR 3: 1PB,1AUM x 6 [18]
CAR 4: 1PB, 1AUM, (2PB,1AUM)x5, 1PB [24]
Troca cor (azul claro):
CAR 5: 3PB,1AUM x 6 [30]
CAR 6: 2PB,1AUM, (4PB,1AUM)x5, 2PB [36]
CAR 7: 5PB, 1AUM x 6 [42]
Troca de cor (branca):
CAR 8: 3PB, 1AUM, (6PB,1AUM)x5, 3PB [48]
CAR 9: 7PB, 1AUM x 6 [54]
CAR 10: 4PB, 1AUM, (8PB, 1AUM)x5, 4PB [60]

CAR 11: 9PB, 1AUM x6 [66]
CAR 12: 5PB, 1AUM, (10PB, 1AUM)x5, 5PB [72]
CAR 13: 11PB, 1AUM x 6 [78]
CAR 14: 6PB, 1AUM, (12PB, 1AUM) x 5, 6PB [84]

CAR 15: 84PB [84] - Crochetar esta carreira pela alça interna para fazer a dobra CAR 16: 84PB [84] - arrematar com 2PBX e deixar fio longo em uma das duas peças para costura.

OBS: para deixar a peça retinha, usar um papel cartão no diâmetro da peça de cada lado e colocar enchimento no meio.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Diferentes Técnicas de Crochê e Tricô


Crochê Tradicional


Crochê ou croché (em francês crochet) é uma espécie de artesanato feito com uma agulha especial, dotada de um gancho. Consiste em produzir um trançado semelhante ao de uma malha rendada.











Amigurumi (bicho de pelúcia feito de crochet  em japonês)

A criação de bonecos de crochê, teve origem no Japão nos anos 80, mas sua prática se popularizou em 2002 com a criação da Associação Japonesa de Amigurumi, quando a técnica já então contava com vários livros e revistas de passo-a-passo disponíveis em japonês. Com a popularização da cultura japonesa ao redor do mundo, o amigurumi também ficou conhecido em outros países, principalmente por meio de fóruns e blogs em que receitas são criadas e distribuídas muitas vezes gratuitamente.

O amigurumi é constituído de formas geométricas, geralmente com cabeça e tronco em forma de esferas e membros cilíndricos. O corpo enfatiza olhos e cabeças grandes, com tronco mediano e membros desproporcionalmente pequenos. Cabeças podem ou não conter narizes e boca, com grande variedade nos materiais que podem ser usados para os olhos.
Os tamanhos de um amigurumi pronto em sua maioria variam de 10 a 30cm, articulações feitas de arame são bastante utilizadas para que o boneco possa se manter em posições específicas. A técnica prevalece o uso de ponto baixo aliado ao anel mágico que evita o furo junto ao centro da esfera, reduções invisíveis usadas para manter a consistência do ponto impedindo que o recheio vaze.


Tricot  Tradicional

O tricô é uma técnica para entrelaçar o fio (de lã ou outra fibra têxtil) de forma organizada, criando-se assim um pano que, por suas características de textura e elasticidade, é chamado de malha de tricô ou simplesmente tricô.
Pode ser feito manualmente, com duas agulhas que, além de propiciar o entrelaçamento do fio (criando cada ponto), abrigam a malha de tricô já tecida. A técnica nasceu provavelmente no Egito onde o entrelaçamento era feito com a ajuda de ossos ou madeira.
O tricô pode também ser feito através de máquinas próprias chamadas de máquinas de tricô, o que também resulta num pano muito semelhante à malha manualmente tecida.







I-cord ou Tricotin 

 O I-cord ou Rabo de gato, trata-se de um tubo tricotado com três ou quatro pontos que pode ser feito em agulhas retas ou agulhas de pontas duplas. Pode ser usado como um cordão (para amarrar gorro infantil, alça de bolsa etc) ou no acabamento de trabalhos, nesse caso chama-se Applied ou Attached I-cord.




Apesar da popularidade que o I-cord ganhou com a tricoteira Elizabeth Zimmermann, trata-se uma técnica encontrada em antigos manuais ingleses de tricô, chamado Stay Lace ou Knitted Cord.








Tricot  sem agulhas





O tricô sem agulhas é uma técnica para entrelaçar os fios usando apenas os dedos e os braços, porém, reproduzindo os mesmos movimentos do Tricô com agulhas. 






Macramê

O Macramê é uma técnica de tecer fios que não utiliza nenhum tipo de maquinaria ou ferramenta. É uma forma de tecelagem manual. Trabalhando com os dedos, os fios vão se cruzando e ficam presos por nós, formando cruzamentos geométricos, franjas e uma infinidade de formas decorativas.

A palavra macramê significa "nó". Há versões que dizem que a palavra vem do árabe, outras do turco, outras ainda do francês. Mais provável é a origem do árabe migramah, que significa franja ornamental.
Foi difundida no mundo por marinheiros que utilizavam a técnica para criar objetos marítimos que permutavam nos locais onde desembarcavam.
Até hoje a arte de dar nós é muito apreciada pela habilidade do artesão e delicadeza do trabalho






Fontes: Textos Wikipédia e fotos pinterest